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Brasil estuda rotas e logística para repatriar cidadãos no Líbano; veja alternativas em discussão

O governo brasileiro está estudando alternativas para realizar uma operação de resgate de cidadãos brasileiros no Líbano, país que atualmente enfrenta uma escalada de tensões devido ao conflito na região.

Por Erivelton Queiroz 27/09/2024 às 20:57:33

Foto: G1 - Globo.com

O governo brasileiro está estudando alternativas para realizar uma operação de resgate de cidadãos brasileiros no Líbano, país que atualmente enfrenta uma escalada de tensões devido ao conflito na região.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que "está explorando alternativas, ainda montando cardápio e conversando com quem de direito nos países envolvidos", mas não divulgou detalhes concretos sobre as operações. O ministro Mauro Vieira destacou que "não é uma opção só" e que várias possibilidades estão sendo analisadas.

O Líbano está sob ataque de Israel, que mira o grupo terrorista Hezbollah, com base no território libanês.

O conflito intensificou-se nas últimas semanas, gerando preocupação entre a comunidade internacional e aumentando os riscos para cidadãos estrangeiros na região, incluindo brasileiros. As hostilidades entre Israel e o Hezbollah elevaram o nível de insegurança, tornando as rotas de fuga cada vez mais limitadas.

Entre as alternativas que o Brasil estuda, a mais viável, até o momento, é a retirada pelo lado norte do Líbano, na fronteira com a Síria.

Esse modelo de resgate seria semelhante ao realizado em Gaza, onde os brasileiros foram transportados por terra até o Egito e, de lá, embarcaram em um voo para o Brasil. Recentemente, o ministro Vieira conversou com o chanceler da Síria sobre essa opção, reforçando a importância de garantir uma rota segura para a evacuação.

Outra possibilidade seria utilizar a ilha de Chipre como ponto de apoio, alternativa já adotada por outros países.

No entanto, o Brasil nunca realizou operações de resgate via Chipre, o que poderia acrescentar desafios logísticos à missão. A escolha de Chipre como rota de fuga ainda está sendo avaliada, principalmente devido à proximidade geográfica e à relativa estabilidade da região em comparação ao Líbano.

O governo brasileiro enfrenta o desafio adicional de que as rotas de evacuação que ainda estão abertas hoje, como a capital Beirute, podem se tornar inviáveis a qualquer momento, dependendo do agravamento do conflito.

A incerteza sobre a duração da janela de oportunidade para retirar os brasileiros do Líbano aumenta a urgência de definir uma estratégia concreta.

Apesar da preocupação crescente, o Itamaraty ainda não tem informações precisas sobre o número de brasileiros que preencheram o formulário da embaixada manifestando interesse em deixar o país. Até o momento, aqueles que solicitaram apoio do governo brasileiro para a evacuação ainda não receberam resposta.

A Força Aérea Brasileira (FAB), que seria responsável pela operação de transporte, informou que "está pronta e 100% preparada para cumprir a missão, assim que for demandada", mas ainda não houve aviso oficial do governo para a mobilização da FAB. As autoridades brasileiras continuam monitorando a situação e buscando a melhor alternativa para garantir a segurança de seus cidadãos no Líbano.

Fonte: G1

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