O acordo anunciado entre o Congresso Nacional e o Governo Federal, nesta quinta-feira (16), pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos gerou alĂvio nos gestores municipais. Na presença de lideranças da União dos MunicĂpios da Bahia (UPB) em BrasĂlia, o órgão comemorou a decisão que beneficia 404 municĂpios no estado com economia de R$1,1 bilhão ao ano.
O presidente da UPB, prefeito Quinho de Belo Campo, que discursou no plenĂĄrio do Senado Federal na Ășltima segunda-feira (13), pedindo sensibilidade do governo, afirmou que os prefeitos estão aliviados. "Vamos poder encerrar os nossos mandatos com as contas organizadas. O governo também anunciou um novo parcelamento da dĂvida previdenciĂĄria, dessa vez com um limitador de comprometimento da receita, o que atende muito as nossas reivindicações e é um sinal de respeito e parceria com os municĂpios. Esperamos agora dar prosseguimento nesse diĂĄlogo para negociar uma polĂtica de desoneração permanente, afinal os municĂpios não visam lucro e prestam um serviço pĂșblico à sociedade, portanto necessitam desse regime diferenciado", explicou o gestor.
A uma semana da marcha organizada por prefeitos em BrasĂlia, que reĂșne mais de 5 mil participantes na capital federal, o PalĂĄcio do Planalto decidiu ceder ao pedido dos gestores, após judicializar a redução da contribuição previdenciĂĄria de 20% para 8%, como aprovou o Congresso Nacional. O embate teve duras respostas do movimento municipalista e dos parlamentares que em ampla maioria apoiaram a medida. "Sem a pressão do Congresso, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dos nossos senadores Angelo Coronel, que foi relator da matéria e Otto Alencar, não terĂamos alcançado ĂȘxito. Estamos gratos ao presidente Lula por ter tido mais esse gesto com os municĂpios e com o Congresso Nacional. Não tenho dĂșvidas que o desenvolvimento do Brasil passa pelos municĂpios e essa desoneração serĂĄ fundamental para voltarmos a investir na qualidade de vida da nossa população", reforçou o presidente da UPB.
De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, parte da solução encontrada entre Executivo e Legislativo depende agora de uma decisão favorĂĄvel do Supremo Tribunal Federal (STF) para começar a valer. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a Corte suspenda por 60 dias a ação que questiona a prorrogação da desoneração para as empresas até 2027 e o acordo agora inclui os municĂpios no mesmo pedido. A expectativa é por uma decisão que suspenda os efeitos da reoneração.
Fonte: Bahia Noticias