O presidente da União dos MunicĂpios da Bahia (UPB), Quinho (PSD), pediu sensibilidade ao governo federal na pessoa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A situação é referente à decisão do governo de deixar de fora os municĂpios na desoneração da folha de pagamento.
Nesta segunda-feira (13), o presidente da UPB, que é também prefeito de Belo Campo, no Sudoeste, esteve no Senado em uma sessão que discutia a crise previdenciĂĄria dos municĂpios, que tem tirado a capacidade de investimento das prefeituras brasileiras.
"Quero pedir ao ministro Haddad que tenha sensibilidade e empatia com esses prefeitos e prefeitas que estão aqui representando todo o Brasil. Nós não estamos em uma competição, pelo contrĂĄrio, o desenvolvimento do paĂs, passa exclusivamente, pelo desenvolvimento dos municĂpios", afirmou Quinho. O gestor disse ainda que os municĂpios do Norte e Nordeste são quem mais tem a perder com o regime geral e com a dĂvida previdenciĂĄria.
"Eu acredito muito que esse paĂs voltarĂĄ a crescer com força, mas só voltarĂĄ a crescer se os municĂpios tiverem condição de investir em obras de infraestrutura e principalmente cuidando de gente", completou. Na semana passada, o governo federal e o Congresso anunciaram um acordo sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
A desoneração da folha dos municĂpios, no entanto, ficou fora do acerto. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Pacheco, senadores vão se reunir para chegar a uma proposta que contemple os municĂpios. A sugestão sobre desoneração deve envolver um escalonamento da alĂquota previdenciĂĄria para prefeituras até 2028, quando seria adotada a "alĂquota cheia" de 20%.
O presidente da Confederação Nacional de MunicĂpios (CNM), Paulo Ziulkoski, e o senador Otto Alencar também fizeram parte da mesa. Os presidentes das associações estaduais foram ouvidos e afirmaram que não hĂĄ previsão orçamentĂĄria para este ano para que os municĂpios tenham a alĂquota reajustada para 20%.
Fonte: Bahia Noticias